Quinta, 15 de Maio de 2025
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Naturatins intensifica monitoramento da arraia-maçã, espécie criticamente ameaçada de extinção

Iniciativa busca mapear a área de uso da espécie para compreender seus padrões de deslocamento, sua interação com o habitat natural e, assim, propor estratégias eficazes para sua preservação.

09/04/2025 às 18h48 Atualizada em 12/04/2025 às 10h55
Por: Redação
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Arraia-maçã é classificada como criticamente ameaçada de extinção - Foto: James Blanco Nunes/Arquivo Pessoal
Arraia-maçã é classificada como criticamente ameaçada de extinção - Foto: James Blanco Nunes/Arquivo Pessoal

Criticamente ameaçada de extinção, a arraia-maçã (Paratrygon aiereba) é alvo de ações estratégicas do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) para garantir sua preservação. Por meio do Plano de Ação Territorial (PAT) Cerrado Tocantins, no âmbito do projeto Pró-Espécies: Todos contra a extinção, o órgão reforçou o monitoramento com a implantação de transmissores nos indivíduos para o rastreamento por radiotelemetria e o uso de helicóptero, com o intuito de ampliar a área de cobertura e facilitar sua localização.

A iniciativa busca mapear a área de uso da espécie para compreender seus padrões de deslocamento, sua interação com o habitat natural e, assim, propor estratégias eficazes para sua preservação.

Antes comum na bacia dos rios Araguaia-Tocantins e seus afluentes, a arraia-maçã habitava áreas de corredeiras com fundo arenoso, onde sua coloração facilitava a camuflagem. Atualmente, o impacto ambiental causado pela construção de hidrelétricas, a fragmentação do habitat e a pesca acidental provocaram uma redução significativa na população da espécie.

Com crescimento lento e baixa taxa de reprodução, a espécie enfrenta dificuldades para se recuperar, o que reforça a necessidade de ações imediatas de conservação.

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Para mitigar esse cenário, o Naturatins, em parceria com diversas instituições, vem implementando uma série de ações voltadas à proteção da arraia-maçã no Tocantins. Entre elas, destacam-se o monitoramento com a implantação de transmissores nos indivíduos para rastreamento por radio telemetria e o uso de helicóptero para ampliar a área de cobertura e facilitar sua localização.

 

A região do rio Araguaia, no município de Araguacema, foi a primeira localidade a receber o monitoramento aéreo - Domingos Garrone Neto/Arquivo Pessoal

 

Etapas

 

A ação foi desenvolvida em duas etapas. A primeira, iniciada em setembro de 2024, consistiu na marcação dos exemplares com pequenos transmissores inseridos cirurgicamente, o que possibilitou o rastreamento de seus deslocamentos por meio de rádio telemetria. Nessa fase, os pesquisadores utilizaram barcos para acompanhar os movimentos das espécies ao longo dos rios. Na segunda fase, concluída em março deste ano, a equipe utilizou monitoramento aéreo por meio de um helicóptero equipado com antenas para captar os sinais dos transmissores. A tecnologia ampliou a capacidade de localização dos indivíduos e tornou mais rápido e eficiente o levantamento das áreas utilizadas pela espécie.

O Grupamento Aéreo (Graer) da Polícia Militar do Tocantins (PMTO) auxiliou na operação, que sobrevoou o rio Tocantins, na região do Lago de Palmas; e o rio Araguaia, em Araguacema. O professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Domingos Garrone Neto, destaca que essa nova estratégia representa um avanço significativo na conservação da espécie. “Até então, os rastreamentos dessas arraias eram feitos apenas por barco, o que cobre uma área limitada. Com a aeronave, conseguimos monitorar grandes extensões dos rios em um único dia, aumentando a nossa capacidade operacional”, pontua. 

A radiotelemetria, utilizada no estudo, permite que os transmissores emitam sinais detectáveis tanto na água quanto no ar, tornando o monitoramento aéreo uma ferramenta estratégica. O biólogo do Naturatins, Oscar Vitorino, explica que essa tecnologia tem sido essencial para o projeto. “Esse estudo nos fornece informações fundamentais para o desenvolvimento de estratégias de conservação e planejamento espacial da espécie”, enfatiza. 

Os primeiros resultados indicam que dos 16 exemplares marcados na primeira fase, 14 continuam transmitindo sinais, enquanto dois podem ter tido os transmissores desativados devido ao fim da bateria. A partir dessas informações, os pesquisadores esperam entender melhor a relação da espécie com seu habitat e definir estratégias mais eficazes para sua preservação.

 

Fonte: Andréa Marques/Governo do Tocantins

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