Quinta, 15 de Maio de 2025
Publicidade

Governo Lula foge de pergunta do Estadão

Endividamento e crise fiscal tem sido uma constante do atual governo.

14/04/2025 às 11h30 Atualizada em 17/04/2025 às 15h07
Por: Redação
Compartilhe:
Presidente Lula/Foto: Wilton Júnior - Estadão
Presidente Lula/Foto: Wilton Júnior - Estadão

Em matéria publicada hoje (14/04) no Estadão pelo premiado repórter Daniel Weterman, que participou das coberturas que desvendaram o orçamento secreto, a emenda Pix, as irregularidades cometidas pelo ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e o descontrole no orçamento do Ministério da Saúde, ele informa que o Ministério da Fazenda e Secretaria do Tesouro Nacional - STN, preferiram não comentar a dificuldade do Estado Brasileiro em se financiar com papéis da dívida pública, diante de sua própria má gestão.

Há quatro meses, o governo Lula vende títulos da dívida pública com vencimento aproximado em dez anos a uma taxa real (descontada a inflação) acima de 7%, algo gravíssimo visto durante a calamitosa gestão Dilma Roussef (PT), entre 2015-2016, que resultou em seu impeachment.

 

TROCANDO EM MIÚDOS PARA ENTENDER

Continua após a publicidade

 

Quando o governo gasta mais do que arrecada, que é o caso atual do governo Lula, uma medida utilizada é aumentar a dívida para se financiar. Então o governo vende títulos da dívida pública, porém quanto maior a taxa desses papéis, maior o prêmio cobrado pelo mercado financeiro, sinalizando que os agentes não acreditam em melhora da situação no horizonte.

Exemplo: O Tesouro IPCA (NTN-B), que paga juros mais a inflação, com vencimento em 2032 foi vendido a uma taxa média real de 5,45% nos primeiros leilões do ano passado, atingiu 6% em abril e superou 7% no dia 3 de dezembro. Depois dessa data, só operou acima de 7%. No último dia 1º, o papel foi vendido a 7,84%. O mesmo movimento ocorreu com o título com vencimento em 2035, vendido a uma taxa média de 7,57% no dia 8.

 

GESTÃO DILMA ROUSSEF

 

Essa questão econômica é algo significativo não apenas para o momento histórico da economia brasileira, mas também foi um ponto crítico da crise do impeachment da ex-presidente Dilma Roussef (PT).

No segundo governo Dilma, as taxas médias para títulos semelhantes efetivamente vendidos pelo Tesouro Nacional ficaram acima de 7% entre agosto de 2015 e fevereiro 2016, caindo apenas no mês seguinte, quando o mercado avaliou que o impeachment contra a então presidente seria aprovado no Congresso Nacional.

“Naquela época, o Brasil teve várias crises juntas e o mercado tinha uma incerteza muito grande sobre a política fiscal porque não tinha a magnitude de quanto eram as pedaladas”, afirma o ex-secretário do Tesouro e head de macroeconomia do ASA, Jeferson Bittencourt.

 

ANALISTAS AVALIAM QUE O GOVERNO ABANDONOU A AGENDA DE CORTE DE GASTOS

 

Em dezembro, o governo Lula concluiu o pacote de corte de gastos, esperado pelo mercado financeiro. Na visão de analistas, foi ali que o setor econômico consolidou o entendimento de que a gestão petista não faria um ajuste suficiente para manter o arcabouço fiscal em pé e sanar o déficit das contas públicas.

Conforme o Estadão mostrou, o governo começou a ter mais dificuldade para vender títulos e as taxas atingiram recordes, expondo a desconfiança dos investidores e uma cobrança por medidas efetivas de controle de despesas.

 

GOVERNO LULA PENSANDO APENAS NA ELEIÇÃO 2026

 

Daqui pra frente, o governo Lula focar em aumentar a isenção do Imposto de Renda, lançar medidas de crédito e tentar impulsionar a economia pelo consumo das famílias, já olhando para a campanha presidencial de 2026.

“O governo já demonstrou que a reeleição é mais importante do que arrumar a casa”, diz Julio Ortiz, CEO da Cx3 Investimentos.

 

Por Rafael Alves - R1 Palmas, com recortes do Estadão

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Palmas, TO
30°
Tempo nublado

Mín. 22° Máx. 32°

32° Sensação
0.51km/h Vento
54% Umidade
0% (0mm) Chance de chuva
06h20 Nascer do sol
05h59 Pôr do sol
Sex 32° 23°
Sáb 33° 22°
Dom 33° 23°
Seg 33° 22°
Ter 33° 24°
Atualizado às 17h06
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,68 +0,72%
Euro
R$ 6,36 +0,83%
Peso Argentino
R$ 0,00 +0,00%
Bitcoin
R$ 620,704,48 -0,48%
Ibovespa
139,334,38 pts 0.66%
Publicidade