Em pronunciamento durante sessão anual de perguntas e respostas nesta quinta-feira (19/12), o presidente russo Vladimir Putin manifestou disposição para dialogar com o ex-presidente americano Donald Trump sobre a guerra na Ucrânia, caso este retorne à Casa Branca.
Putin rejeitou sugestões de que a Rússia estaria em posição desfavorável, afirmando que o país fortaleceu-se significativamente desde o início da invasão em 2022. "Sempre dissemos que estamos prontos para negociações e compromissos", declarou o líder russo, destacando avanços das forças russas em território ucraniano.
Segundo informações da Reuters divulgadas no mês passado, embora Putin demonstre abertura para discutir um possível cessar-fogo, o presidente russo descarta concessões territoriais significativas e exige que Kiev abandone suas aspirações de integrar a OTAN.
Quanto às negociações diretas com a Ucrânia, Putin estabeleceu condições específicas. O líder russo afirmou que qualquer acordo precisaria ter como base o documento preliminar elaborado em Istambul no início do conflito - proposta considerada por alguns políticos ucranianos como uma forma de capitulação.
Putin também questionou a legitimidade do atual mandato do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, argumentando que este precisaria ser reeleito para ser considerado um interlocutor válido em futuras negociações. O Kremlin atualmente reconhece apenas o parlamento ucraniano como autoridade legítima para firmar acordos.
Trump, que se autointitula especialista em negociações e é autor do livro "A Arte da Negociação" (1987), prometeu resolver rapidamente o conflito caso seja eleito, embora não tenha detalhado sua estratégia para alcançar tal objetivo.
Por Rafael Alves - R1 Palmas
Fonte: CNN Brasil
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