O primeiro caso grave de infecção pelo vírus H5N1 nos Estados Unidos foi confirmado nesta quarta-feira (18/12), elevando os temores de uma potencial pandemia. O Departamento de Saúde da Louisiana informou que o paciente, um idoso acima de 65 anos com comorbidades, encontra-se hospitalizado em estado crítico.
Com este registro, o país já contabiliza 61 infecções em 2024, sendo a maioria dos casos anteriores considerados leves e com recuperação domiciliar. O paciente, segundo as autoridades, teve exposição direta a aves doentes e mortas em um criadouro.
Demetre Daskalakis, diretor dos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC), ressaltou a gravidade histórica do vírus, destacando que em mais de duas décadas de monitoramento, as taxas de mortalidade podem chegar a 50% em alguns países.
A situação motivou a Califórnia, estado mais populoso dos EUA, a decretar estado de emergência. O governador Gavin Newsom justificou a medida como forma de garantir recursos para resposta rápida ao surto.
Análises laboratoriais identificaram que a cepa pertence ao genótipo D1.1, distinto daquele encontrado em bovinos. Especialistas, como a pesquisadora Rebecca Christofferson, pedem cautela sem promover pânico, enquanto a epidemiologista Meg Schaeffer alerta para o risco iminente de uma nova pandemia.
Apesar da gravidade, as autoridades sanitárias consideram que o risco para população geral permanece baixo, ressaltando a necessidade de vigilância constante.
Por Rafael Alves* - R1 Palmas
* - com auxílio de IA
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